sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

um conto, uma receita - sobrecoxas de peru ou frango, ao forno

Uma Galinha - Clarice Lispector -

Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.

Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.

Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto vôo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro vôo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar, vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta, hesitante e trêmula, escolhia com urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar, sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado.

Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.

Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se pode­ria contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.

Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa. Em seguida carregada em triunfo por uma asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos. Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida que fora para a maternidade, pare­cia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou, respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração, tão pequeno num prato, solevava e abaixava as penas, enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento, despregou-se do chão e saiu aos gritos:

— Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! ela quer o nosso bem!

Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre, nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento qualquer. Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:

— Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida!

— Eu também! jurou a menina com ardor. A mãe, cansada, deu de ombros.

Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se lembrava: "E dizer que a obriguei a correr naquele estado!" A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto.

Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado.

Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse dado às fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.

Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.
ingredientes:
6 belas sobrecoxas - ou coxas - de peru ou de frango, com a pele
1 lata pequena de massa de tomate
1 sachê de caldo de galinha ou legumes
alguns legumes cortado e cozidos em água e sal - couve de bruxelas, alho porro, cebolas, brocolis, cenouras, batatas, e outros de sua preferênia
50 ml de água morna
1 copo de vinho tinto seco
1/2 colher - sopa - de suco de limão
1/2 colher - sopa - de curry em pó
1 colher - chá - de açafrão em pó
2 colheres - sopa - de um combinado entre alecrim, manjericão e orégano
sal se necessário
pimenta a gosto
cebolinha e salsinha picadas

preparando:
pré-aqueça o forno em temperatura média. o meu é a 180°c. cada uma sabe como se comporta o seu forno.
mantenha uma chaleira ou leiteira com água fervente para acrescentar ao molho da assadeira, enquanto a carne estiver no forno.
em uma panela antiaderente, frite em fogo alto as sobrecoxas/coxas de peru/frango com a pele, virando de todos os lados, para deixar sair a gordura. deixe que fiquem douradas. adicione o sal e a pimenta, com cuidado, sem exagero.
para o molho, coloque o sache de caldo em uma tigela, adicione a lata de massa de tomate, o vinho, e diluia tudo com a água morna.
adicione o suco de limão, o combinado de manjericão e orégano, a pimenta e acerte o sal.
o molho deve ser espesso mas não consistente, se necessário adicione mais água.
coloque as sobrecoxas/coxas de frango/peru em uma assadeira, ajeite os legumes cozidos, polvilhe com curry e açafrão, e despeje o molho de tomate sobre todo mundo.
deixe no forno por 1 hora e meia. se achar que está assando muito rápido, baixe um pouco a temperatura.
vá regando a carne com o molho da assadeirae, se necessário, vá acrescentando, aos pouco, água fervente.
para servir salpique com a salsinha e cebolinhas picadas.
polenta mole ou arroz branco são ótimos acompanhamentos.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

frango com maçã verde

ingredientes:
2 colheres - sopa - de sálvia picada
2 colheres - sopa - de margarina
1 ou 2 saches de caldo de frango em pó
pimenta-do-reino a gosto
2 colheres cheias - sopa - do meu tempero - receita, aqui
1 frango de 2kg, inteiro
5 maçãs verdes com casca, cortadas em cubos grandes

preparando:
ligue o forno em temperatura média.
lave o frango e enxugue.
misture a margarina, a salvia, o meu tempero, o caldo e a pimenta.
esfregue a mistura no frango, por dentro e por fora.
lave as maçãs, retire as sementes, deixe a casca, e corte a maçã em cubos grandes.
recheie o frango com os pedaços das maçãs.
amarre o frango pelas coxas, vedando o buraco por onde foram colocadas as maçãs. leve para assar no forno médio, preaquecido, por 1 hora e meia até ficar dourado.
enquanto isso, regue com o caldo que for surgindo na assadeira.

pronto!!!

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

sábado, 14 de janeiro de 2012

fricassée feito de linguiça de frango

o fricassée - entre nós escrito fricassê - popularizou e adquiriu vida própria através da imaginação inerente a quem se dedica à culinária.

conforme nos ensina deonísio da silva - professor e escritor, formado em letras pela usp e membro da academia brasileira de filologia - fricassê vem do francês fricassée, do verbo fricasser, guisar, talvez formado a partir de frire, fritar, tendo também o sentido de comer, como na expressão il n'y rien à frire - não há nada para comer - seguido de casser - partir, quebrar. Outros viram a origem remota no latim frigicare - fritar - mas a presença do provençal fricar - fritar - que teria servido de transição, não pôde ser comprovada. fricassê é um guisado de vitela ou frango, cortados em pedaços e cozidos em molho bem temperado e abundante. de início escrito em francês, fricassée, está em nossa culinária desde o século 18.

em outra fonte encontrei: fricassée - guisado cujo molho, ligado com gemas de ovos, é fortemente temperado com limão e salsa.

na cozinha tunisiana o fricassée é um sanduiche com atum, harissa - molho de pimenta - ovo, azeitonas e azeite de oliva. não tem qualquer semelhança com o clássico fricassée francês, o guisado de caçarola com o mesmo nome. o sanduiche é um produto do passado colonial da tunísia, que os vendedores de rua, para compensar a falta de fornos fazem fritos. eles se tornaram uma instituição, um alimento que se come de manhã, de tarde e de noite. o fricassé tunisiano é uma bomba recheada de pedaços de atum, batata, harissa diluída em água, uma fatia de ovo mal cozido e, por vezes, algumas azeitonas.

no dicionário priberam da língua portuguesa encontrei assim:
fricassé
s. m.
1. Guisado de carne picada ou de aves, partidas e coradas ou meio fritas em manteiga, com gemas de ovos.
2. Designação de outros preparados culinários.
3. [Figurado] Mistura.

de portugal conheço o fricassée de frango ou de pato, sempre finalizado com gemas e suco de limão.

o que nos consola é que o nosso vocabulário simples disfarça a verdadeira origem das palavras. os termos provenientes do francês, utilizados como se fossem nossos, são mais comuns do que pensamos.
nosso vocabulário é repleto de palavras de origem francesa modificadas pelo tempo, e que hoje são, naturalmente, parte integrante da nossa língua.
os franceses chegaram ao brasil no século XIX mostrando um idioma diferente, e uma cultura rica em tradições. era a cultura e elegância invadindo nossa vida. apesar do inglês constar como a forte influência em nosso vocabulário, o francês é especialmente usado como referência na moda e na culinária do brasil.

portanto, o fricassée - ou fricassê, ou fricassé - da receita de hoje, pouco ou nada tem a ver com o original e, se é uma invenção brasileira ... danou-se!!! este caiu na cozinha certa, pois, sairá dela com mais alguma adaptação.

ingredientes:
1 lata de creme de leite
1 lata de milho verde com a água
1 copo de requeijão cremoso
1 pacote de creme de cebola, ou de creme de milho verde, ou de creme de galinha, ou sopa de aveia com galinha
1 ovo inteiro
1 e 1/2 xícaras - chá - de vinho branco seco
ou
1 e 1/2 xícaras - chá - de leite
2 colheres - sopa - do meu tempero - receita, aqui
100g de azeitona sem caroço - opcional
760g de linguiça de frango sem a pele, esfarelada
2 ou 3 cenouras médias raladas
salsinha picada
200g de mussarela ralada ou fatiada e cortada em quadradinhos
200g de queijo parmesão ralado
100g de batata palha
2 colheres - sopa - de azeite de oliva

preparando:
bata no liquidificador o milho, o requeijão, o creme de leite, o ovo e o leite. reserve.
leve ao fogo numa panela, a linguiça de frango sem a pele, esfarelada e coberta com um pouco de água. com a ajuda de um garfo separe a carne, deixe ferver a água e, sempre com a ajuda do garfo, mantenha a carne bem separada.
quando a água secar acrescente o meu tempero e o azeite. deixe fritar. acrescente a cenoura ralada e refogue um pouco mais. incorpore a carne e a cenoura, sem deixar que a cenoura fique muito mole. neste ponto acrescente o pacote de creme - sopa - da sua escolha. mexa bem, incorporando todo mundo e junte a mistura batida no liquidificador e as azeitonas. mexa bem até que fique tudo bem agregado.
se necessário, acerte o sal.

lembre-se!!! a linguiça, as azeitonas e a sopa creme já são salgadas.

deixe o creme no fogo até engrossar, mexendo sempre. desligue o fogo e acrescente a salsinha picada.
em seguida coloque a mistura do refogado num refratário, cubra com a muçarela, com o queijo parmesão, e espalhe a batata palha sobre tudo.
leve ao forno e deixe até perceber que está fervendo.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

churrasco de apartamento, pão de alho e molho de cenoura pra salada

o sonho dos invejosos moradores de apartamento é fazer churrasco.
as churrasqueiras vendidas por aí, aquelas que os vendedores insistem em chamar de apropriadas, são caras, muitas nem sempre cumprem o prometido, não nos privam do fumacê que insiste em fazer parte da festa, ou do trem de cozinha que fica lá, nos aguardando sobre a pia.
foi então que, escritório e apartamento, irmanados em união sem precedentes, nos trazem uma alternativa barata, sem possibilidade de erro ou decepção, livre da inconveniente fumaça e, quem sabe, pouquíssima louça pra lavar, caso você opte por uma assadeira descartável.
a coisa toda se passa dentro do envelope de papel pardo, aquele usado para envelopar documentos escritos em folha de papel ofício. sabe qual???

a costela
ingredientes:

2 quilos de costela bovina - escolha um pedaço robusto, mas com pouca gordura
1 envelope grande - daqueles que se usa em escritório
azeite de oliva próprio para culinária, ou seja, não precisa ser o extra virgem
grampeador, também usado em escritório
sal
1 assadeira grande, que pode ser do tipo descartável

preparando:
ligue o forno em temperatura quente.
corte a carne em 2 pedaços e tempere com sal.
coloque o envelope sobre a assadeira e passe azeite de oliva em suas duas faces - nas duas faces externas, apenas. com a ajuda da mão espalhe de um lado, vire o envelope e espalhe do outro lado. o envelope deve ficar encharcado de azeite. o azeite prenetará no interior do envelope.
arrume os pedaços de costela dentro do envelope. feche a aba do envelope e grampeie, como se estivesse preparando uma encomenda.
coloque o envelope em uma forma e leve ao forno preaquecido por 1 hora.
desembale a costela cortando, com cuidado para não se queimar com o vapor, o envelope que a envolve.

sirva com farofa, salada, e pão de alho.

pão com alho
ingredientes e preparo:

misture 1 xícara de maionese, 8 dentes de alho espremidos, suco de 1/2 limão, 100g de queijo parmesão ralado e 1 xícara de salsinha e cebolinha picadas. passe a mistura num filão de pão italiano cortado ao meio no sentido do comprimento, ou sobre fatias de um pão italiano redondo. leve ao forno para dourar, rapidamente. cuidando para não deixar o pão torrado e duro.

molho de cenoura para temperar a salada
ingredientes e preparo:

3 cenouras medias cruas
1 cebola média
1 ou 2 dentes de alho
1 vidro pequeno de maionese
1 caixinha de creme de leite - 200g
1/4 de xícara - chá - de vinagre
1/2 xícara - chá - de suco de limão
1 xícara - chá - de azeite de oliva extra virgem
sal ou caldo de legumes em pó e orégano a gosto

bata tudo no liquidificador, em velocidade média, deixando mais liso ou mais granulado, conforme a sua preferência.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

bolo de bacalhau

tomate, a fruta.
pertencente à vasta família das solanáceas/solanaceae que tem, entre seus 2000 membros, certos arbustos de índole duvidosa, cozinheiros da europa, por precaução, mantiveram-no no anonimato por muito tempo.
assim como a beladona e a datura, plantas extremamente venenosas, a batata, o tabaco, a jurubeba, a berinjela, são alguns vegetais da mesma família botânica do tomate.
as solanáceas crescem abundantemente nas regiões quentes, e o tomate, antes de se revelar uma frutinha em quem se pode confiar, era cultivado como planta ornamental.
mal acostumados, os europeus não sabiam como preparar o tomate. sua acidez não combinava com o conceito que eles faziam da fruta ideal.
foi então que antonio latini, um italiano que servia à corte espanhola, e era natural da região italiana de le marche, localizada na panturrilha da bota, criou uma mistura de cebola, óleo de oliva e tomates e assim se fez o molho de tomates.
aí sim!!! o tomate mostrou a que veio.
simples assim!!! em seu livro, lo scalco alla moderna, escrito, provavelmente, entre 1692 e 1694, foi publicada a receita que ensinava levar ao fogo pedaços de tomate, sem pele e sem sementes, temperá-lo com salsinha, cebola e alho picado, sal, pimenta, azeite e vinagre, para se conseguir um molho de tomates de estilo espanhol.

na receita a seguir, o molho de tomates faz a moldura pro bolo de bacalhau.
o bolo ficou uma delícia, leve e saboroso.
ofereço a vocês com todo prazer.

ingredientes para o bolo:
680 gramas de bacalhau - facilita bastante, usar as lascas de bacalhau que se encontra pra comprar no supermercado
3 batatas grandes - 950g - cruas, descascadas e raladas no ralo grosso
4 ovos
2 colheres - sopa - de azeite de oliva
3 colheres - sopa - cheias, bem gorduchas, de farinha de trigo integral

ingredientes para o molho:
2 cebolas grandes picadas
azeite de oliva
340g de molho de tomate - seja feito por você ou comprado pronto

atenção!!! tanto o bolo quanto o molho precisam de cuidado em relação ao sal. se achar necessário, apenas acerte o sal a seu gosto.

preparando:
unte uma assadeira ou uma forma de buraco no meio, com óleo e farinha de rosca.
acenda o forno na temperatura média/baixa - o meu é a 180 graus.
lave o bacalhau - usando as lascas, basta lavar - e coloque numa vasilha para dessalgar. deixe de molho durante a noite, troque a água enquanto puder. costumo deixar com um fio de água correndo sobre ele. enfim, retire o sal como o seu costume. o importante é que ele esteja em lascas na hora de preparar.

quando o bacalhau estiver preparado, ou seja, dessalgado e em lascas, descasque e rale as batatas no ralo grosso, e coloque junto com o bacalhau.
acrescente o azeite, os ovos e a farinha.
misture, agregue tudo, muito bem.
ajeite na forma untada.
leve ao forno onde deverá ficar por 1 hora, mais ou menos - depende de cada forno - controle espetando uma faca. deixe dourar.

enquanto isso, prepare o molho:
frite a cebola no azeite, até que ela comece a dourar.
acrescente o molho e deixe apurar.
assim que o bolo estiver pronto, deixe esfriar, desenforme com cuidado, e regue com o molho.
sirva com arroz branco e salada.

esta receita, assim como muitas publicadas aqui no assadeira, foi criada por mim. peço a todos que fizerem uso dela, publicando na web/internet ou executando, que deem o crédito que ela e eu merecemos.

é isso.

... que venha 2012!!!

sábado, 10 de dezembro de 2011

maionese de iogurte com salada de batatas, peixe e cenouras

ingredientes:
1 tilápia saint-peter inteira - este peixe é pequeno. se tiver 250 ou 280g está de bom tamanho. compre limpa.
ou
2 ou 3 filés de tilápia saint-peter
enfim, se preferir outro peixe, fique à vontade. a saint-peter é ótima, pois, contém pouca gordura, e seu consumo é sustentável, já que é criada em cativeiro
12 batatas médias
3 cenouras médias, cortadas e cubos
3 potes de iogurte natural desnatado
saches de caldo de legumes 0% de caloria
mostarda
1 maço de cebolinha verde picada
1 cebola grande cortada em cubos
azeite de oliva extra virgem à vontade
preparando:
cozinhe a tilápia saint-peter em água temperada com 1 sache de caldo de legumes, em quantidade suficiente para cobrir o peixe. depois de cozida, retire do caldo que foi produzido. se a tilápia saint-peter for inteira, retire as espinhas e a pele. reserve.
se for em filés, cozinhe em água temperada com 1 sache de caldo de legumes, em quantidade suficiente para cobrí-los. depois de cozidos, retire do caldo. reserve.
cozinhe as cenouras no caldo do peixe. deixe reduzir o caldo à metade, não retire as cenouras do caldo.
em seguida, em outra vasilha, misture o peixe cozido, as cenouras, o caldo do peixe onde foram cozidas, e a cebola cortada em cubos. reserve.
cozinhe as batatas, deixe perder um pouco do calor, descasque, e vá colocando numa vasilha grande, dê uma amassada pra formar um purê pedaçudo, misture com a cebolinha verde picada, regue com um pouco de azeite de oliva extra virgem. reserve.
em outra vasilha menor, misture o iogurte, a mostarda a gosto, caldo de legumes a gosto e azeite pra formar um molho liso.
agora, junte a mistura de batatas, a mistura de cenoura e peixe, e o iogurte temperado.
regue com azeite, acerte o sal utilizando o caldo de legumes, e ... bom apetite!!!

importante misturar a cebolinha verde picada e a cebola também picada, aos ingredientes ainda quentes. os sabores agregam melhor.

quem é a tilápia saint-peter???
tilápia saint-peter, conheça um pouco mais

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

sábado, 19 de novembro de 2011

bolo de coco e abacaxi

um bolo sublime, prazeroso, simples de fazer, saboroso e que derrete na boca.

ingredientes:
um abacaxi, cortado em rodelas, retirado o miolo, e cozido - vão ser utilizados, aproximadamente, 350g da fruta cozida. deixe reduzir a água do cozimento para, mais ou menos, a metade e reserve
ou
1 vidro de abacaxi em calda - utilize aproximadamente 350g da fruta e reserve a calda
225g de manteiga ou margarina
200g de açúcar
1 colher - sopa - de açúcar vanillé
ou
1 colher - café - de essência de baunilha

atenção!!! - a equivalência é exatamente como está indicada na receita, ou seja, pra cada colher de sopa de açúcar vanille, 1 colher de café da essência líquida de baunilha.

5 ovos
250g de farinha de trigo integral - utilize metade da integral e metade da refinada, para aproveitar os nutrientes
2 colheres - café - de fermento químico em pó
50g de amêndoas em pó - processe, você mesmo, as amêndoas sem casca, ou substitua por nozes ou castanhas de cajú, também processadas
50g de coco ralado desidratado
manteiga e farinha de rosca para untar a forma
100g de coco ralado queimado e adoçado para salpicar

preparando:
unte uma assadeira redonda, ou uma forma de buraco no meio - mais ou menos 26 cm de diâmetro - com margarina/manteiga e farinha de rosca.
pré-aqueça o forno em temperatura média - o meu é a 180°c.
escorra o abacaxi em calda ou cozido por você, e reserve a calda.
numa panela pequena caramelize 25g de manteiga/margarina com 25g de açúcar em fogo moderado. acrescente 2 colheres - sopa - da calda do abacaxi. reserve o caramelo.
espalhar o caramelo sobre o fundo e cobrir com algumas rodelas de abacaxi.
corte o abacaxi restante em cubos.
na batedeira, bater o restante de margarina/manteiga - 200g - com o resto de açúcar - 175g - junto com a baunilha, incorporam os ovos um a um.
misturar a farinha com o fermento químico, juntar as amêndoas/nozes/castanhas processadas e o coco ralado incorporando, uma a uma, 2 colheres - sopa - da calda de abacaxi.
parar de bater e colocar/misturar os cubos de abacaxi.
coloque a massa na forma untada, leve ao forno pré-aquecido a 180°c por, aproximadamente, 60 minutos.
retire do forno e salpique com o coco ralado queimado e adoçado, ou espere esfriar - aproximadamente 10 minutos - desenforme, e salpique o coco ralado queimado.

utilizei o coco ralado desidratado ducoco, e coco queimado e adoçado ducoco.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

torta de sardinha

preparando os ingredientes:
250 gramas de pão - francês amanhecido ou de forma, integral, de grãos, qualquer um de sua preferência
1 litro de caldo de legumes 0% de caloria
2 cebolas grandes picadas
umedeça o pão no caldo. reserve.
frite a cebola e acrescente 3 colheres - sopa - de massa de tomate.
bata 2 ovos, inteiros, como se fosse pra fazer omelete. reverve.
numa vasilha, esfarele 3 latas de sardinha em seu óleo, misture 1 lata de ervilhas e 1 copo de azeitonas verdes picadas. misture bem, sem deixar que as ervilhas desmanchem. junte a mistura ao refogado de cebola e massa de tomate. misture e refogue para incorporar todos os ingredientes. reserve. deixe esfriar.

importante e digno de atenção: a ervilha pode ser substituída por 2 abobrinhas médias, raladas. eu prefiro assim. neste caso, rale-as e refogue com a cebola e a massa de tomate. tome cuidado, pois, a abobrinha cozinha rápido. em seguida, proceda como com a ervilha.

escorra o pão numa peneira para eliminar o excesso de caldo. acrescente o pão escorrido ao refogado, misture, acrescente os 2 ovos batidos, e misture tudo muito bem.
religue o fogo. mexendo sempre, espere até que apareça o fundo da panela, sem deixar grudar.
coloque a massa numa forma untada com óleo, no forno pré-aquecido em temperatura quente - 210 graus - por 30/40 minutos.
retire do forno, deixe esfriar, e leve na geladeira por 2 horas. desenforme.
coma gelado - delícia!!! - com salada verde.
se preferir, coma quente. para desenformar, deixe reduzir a quentura.

abracadabra et, voilà!!!
requeri/regina claudia